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Já no início a Jade parecia uma princesinha empolgada, tomando cuidado pra não sujar as mãos, expliquei que não tinha problema nenhum que agarrasse com vontade nos troncos, pedras para que pudesse se equilibrar naquela pedregosa inicial. O Gabriel tinha ares de um desbravador de florestas virgens , a animação era alta mas sabíamos que isso podia acabar depois da primeira meia hora.
Tive uma das mais
mais agradáveis surpresas da
minha vida após a primeira hora ao perceber que cada vez mais os olhos
deles se enchiam de alegria, encantados e cheios de perguntas sobre o que viam
e obstáculos que transpunham , vi duas criaturinhas urbanas criadas em apto, rapidamente
se transformarem em dois guerreiros incansáveis e decididos a impressionar os
pais malucos por montanhas . Foi emocionante e gratificante perceber que eles já estavam
prontos , ao contrário do que eu esperava, e até me recriminei por subestimá-los e
ter esperado um comportamento mimado ou pouco resistente. Que nada, tudo até as
resvaladas e passos iniciais meio trôpegos em meio as pedras causava mais
empenho em não nos decepcionar. Logo me transformei na mãe mais orgulhosa e
deixei que a experiência fluísse, que eles se sujassem, caíssem, fizessem suas
tentativas de travessia de um pequeno riacho por entre as pedras, sempre por
perto lógico garantindo a segurança deles.
Podiamos ter comido um peixe frito ali mesmo mas decidimos aproveitar o gás e voltar pra comer só no bar do Arantes na Armação. Novamente meus
pequenos guerreiros botaram pé na trilha sem reclamar e após mais quase 2 horas estávamos
no carro rumo a felicidade da comidinha maravilhosa que nos aguardava, claro
que dormiram em 5 minutos amontoados no banco de trás , exaustos, mas ao chegar na praia pra almoçar já
estavam super dispostos de novo e ao sentir cheiro de comida atacaram o buffet do Arantes como dois aborígenes famintos. No retorno pra casa se sentiam vitoriosos, agora eles eram
iguais aos seus pais, espero em breve leva-los pra uma com pernoite na mata ou praia...