Relato de : Lucas Luz
Mochilão Peru-Bolívia.
Fala
galera, meu nome é Lucas, estou escrevendo este relato com objetivo de passar
toda a experiência que eu e mais dois amigos (Vitor e Paulo) tivem os durante o
nosso mochilão e também algumas dicas para o pessoal que pensa em fazer uma
viagem por esses dois países. Inicialmente o nosso plano era visitar Peru,
Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai, mas o dinheiro acabou e não deu para fazer
tudo (fica para a próxima rsrs) por isso lá vai à primeira dica, se programem e
pesquisem bastante sobre os lugares que vocês pretendem visitar.
Nos três não tivemos tempo para pesquisar a
fundo nosso roteiro e acabamos fazendo alguns ajustes no meio da viagem. Nossa
ideia inicial era sair de Florianópolis e cruzar a fronteira por Corumbá
(Brasil – Bolívia), subir para o Peru, descer até Santiago e retornar para o
Brasil passando/visitando pela Argentina e Uruguai. Porém descobrimos outro
jeito para o começo da viagem, fazendo a passagem pela fronteira Brasil – Peru
pelo Acre. Decidimos por está segunda opção, então começaríamos a Viagem pelo
Peru e desceríamos como no primeiro plano. Segue então a nossa história
dividida por dias.
1° Dia, 25/12/12: De
Floripa até o Acre fomos de avião, o Paulo e o Vitor foram pela TAM em um voo
cedo e eu fui de Gol mais tarde (consegui a passagem por milhas), quem tiver
milhas é uma boa hora para usar, pois o maior gasto da viagem foi com passagens
aéreas. Eu cheguei em Rio Branco de madrugada (26/12) e fui direto pra
Rodoviária de Táxi (R$ 100,00) tive que ir pois logo cedo nos pegaríamos o
ônibus para a fronteira. Meus companheiros que chegaram antes, por volta do
meio dia, tiveram tempo de conhecer a cidade. Pegaram um ônibus no aeroporto
até o terminal urbano de rio branco, do terminal dá para visitar a grande
maioria dos pontos turísticos da cidade em algumas horas a pé. O terminal fica
no centro e os pontos turísticos também. Depois eles foram para rodoviária e
compraram as passagens de ônibus até Assis Brasil (fronteira Brasil – Peru), a
empresa é a Real Norte e o preço foi de R$ 40,00. Neste dia nós três dormimos
na rodoviária.
Obs.:
Existe outro jeito de ir para o Peru, você pode comprar uma passagem pela
empresa peruana Movil Tours, ele fazem o trecho Rio Branco – Puerto Maldonado
(Peru) e de Puerto Maldonado você pega um ônibus até Cusco (nossa primeira
parada). Mas estava lotado até dia 2/01/2013, então é bom tentar reservar com
antecedência.
2° Dia 26/12/12: O
ônibus saía 06h30min, foi uma viagem bem ruim até a fronteira. O ônibus parava
em todo lugar (era como se fosse um ônibus coletivo normal que para em todo
ponto) e estava lotado (pessoas em pé). A viagem demorou 8 horas, chegamos a
Assis Brasil por volta das 14 horas. Ao chegar já sabíamos que teríamos que
pegar uma lotação peruana até Puerto Maldonado, Então juntamos os brasileiros
que estavam no ônibus da Real Norte para fechar a Van, no total era um grupo de
10 brasileiros. Almoçamos, compramos umas bolachas no mercado e jogamos na Mega
Sena da virada (kkkk). Depois
conversamos com o motorista peruano e partimos. O valor foi de $ 35,00 soles
por pessoa e a viagem até Maldonado durou 4 horas, no caminho demos entrada no
Peru e na fronteira trocamos dinheiro. Dica : troque só o necessário, pois na
fronteira a cotação não é a melhor, os próprios cambistas nos aconselharam a
trocar em Cusco. Chegando em Maldonado compramos a passagem para Cusco, o
ônibus era horrível, fedia, lotado, barulhento e sem banheiro.
Obs.:
Não tenho certeza (ouvi alguns comentários), mas parece que tem outro ônibus da
Real Norte que sai as 08h00min que vai direto até Assis Brasil, chegando antes
que o ônibus das 06h.
Seguem alguns avisos gerais que valem para Peru e
Bolívia.
Tente
sempre pechinchar com eles! A maioria das coisas não tem valores tabelados
então eles sempre tentam levar um dinheiro do turista, pechinche, e quanto mais
pessoas você tiver para negociar mais barato você pode conseguir.
Os
ônibus não tem banheiro! Quase todos que pegamos não tinham banheiro, somente
em duas ocasiões havia banheiro (uma delas o banheiro tinha uma porta com uma
janela que permitia que se visse tudo dentro do banheiro, para os homens tudo
bem, mas para mulheres era mesma coisa que nada).
Comidas
típicas muitas vezes são apimentadas! Se você não está acostumado é melhor
perguntar sempre, porque a pimenta lá é forte!
Higiene
é uma coisa que ainda falta nesses países! Banheiros imundos (geralmente nas
estradas, nos Hostels são tranquilos) são bem comuns e usar talheres ou luva
para fazer a comida é raro. O que a gente viu foi tudo com as mãos o preparo.
Você pode comer em restaurantes maiores (mais limpos) ou em fast food, só que é
mais caro. Eu tive problemas intestinais (hahaha) não muito sérios, mas o Vitor
ficou mau uns dias, mas isso na Bolívia mais no final da viagem.
No
Peru, eles são muito chatos com o estado das notas de dinheiro! Quando você for
receber troco ou então pegar dinheiro em alguma casa de câmbio ou banco, não
aceite notas danificadas, tivemos alguns problemas com isso, nossa sorte que
sacamos as notas no banco e tínhamos o comprovante de saque, reclamamos com o
banco e eles trocaram as notas para nós.
3 ° Dia, 27/12/12: De
Maldonado até Cusco foram 12 horas de viagem, chegamos a Cusco de manha cedo,
por volta das 08h30min. No caminho fizemos uma parada logo que o dia nasceu,
estava muito frio (congelante) e percebemos que apesar de verão no Brasil na
altitude o negocio é outro. Para chegar a Cusco, chegamos a subir 4700 metros
durante o caminho, mas a cidade fica a 3400 metros a cima do nível do mar. O
caminho para Cusco é bem bonito, porém pegamos um tempo ruim. Chegando à
rodoviária pegamos um táxi até a cidade histórica, onde ficava o nosso Hostel,
o valor foi de $ 15,00 soles. Ficamos no Hostel Pirwa na Plaza São Francisco,
depois de nos instalar fomos conhecer a cidade. O centro histórico de Cusco é
muito bonito tem muitas igrejas, praças, restaurantes etc. A noite tomamos uma
cerveja em um Pub, a cerveja mais famosa lá é a Cusqueña (muito boa, melhor que
eu tomei na viagem), voltamos para o Hostel onde conhecemos muitos
estrangeiros. À noite tocamos um violão e jogamos contra os argentinos e
ganhamos tudo (sinuca, ping pong e dardo).
Obs.:
O Hostel que ficamos (Pirwa) é bem legal, confortável, tem internet, sala de
jogos, bar etc. Quanto à festa eles colocam uma música no bar, mas quem faz
mesmo a festa são os hóspedes! Tem que agitar a galera e colocar o som pra tocar.
O período que ficamos em Cusco, conhecemos somente o centro histórico da
cidade, no primeiro dia o taxista nos alertou de não sair do centro histórico
(que é bem seguro), pois fora do centro histórico corríamos o risco de sermos
roubados.
4° Dia, 28/12/12:
Nosso segundo dia em Cusco, fomos resolver nossa ida para Machu Pichuu,
compramos as passagens de trem e ônibus em uma agência de viagens. Para chegar
a Machu Pichuu o caminho seria pegar um ônibus até Ollantaytambo ($ 50,00 soles
ida/volta) e depois pegar um trem até Águas Calientes (USD 105,00 ida/volta).
Na agência também reservamos o Hostel para ficarmos em Águas Calientes, devido à
falta de disponibilidade de vagas no trem, tivemos que ir para Águas Calientes
dia 29/12 e voltar somente dia 31/12, então reservamos dois dias no Hostel.
Havendo vagas você pode ir voltar de trem no mesmo dia, é o ideal, pois em
Águas Calientes as coisas são mais caras. A tarde choveu e ficamos no Hostel de
Cusco, à noite participamos de um “churrasco” no próprio Hostel, depois do
churrasco rolou uma festa.
Obs.:
Existe outra maneira de ir para Machu Pichuu, que é MUITO MAIS BARATA!
Você pega um ônibus ou lotação até uma
cidade chamada Santa Teresa e de lá pega outro meio de transporte (ônibus ou
van) até Santa Maria, onde tem uma Hidrelétrica. De Santa Maria você vai
andando até Águas Calientes através de um trilho de trem, uma caminhada de 2/3
horas. Cada trecho de van/ônibus custa cerca de $ 10/15 soles, então você gasta
cerca de $ 60,00 soles ida/volta, nós sabíamos dessa opção, mas ficamos com
receio de não conseguirmos transportes e optamos pelo mais caro, porém durante
a viagem conhecemos várias pessoas que fizeram esse trajeto, no fim nos
arrependemos de não ter feito assim.
5° Dia, 29/12/12:
Acordamos cedo para pegar a lotação até Ollantaytambo (foi o combinado), porém
no dia o pessoal da agência avisou que nos iriamos somente a 13h00min. Almoçamos
em um fast food peruano, o nome é Bembos. Melhor fast food que eu já comi na
vida, deixa no chinelo qualquer Burguer King, MC etc. Depois ficamos no Hostel
até o horário e pegamos um táxi até fora do centro histórico de Cusco, lá
tomamos uma Van e partimos. A viagem até Ollantaytambo levou cerca de 2h30min,
o caminho é muito bonito tem várias montanhas, mas o motorista da van era um
louco o que fez a viagem ficar bem emocionante (os motoristas no peru e na
Bolívia são a maioria assim) Chegando pegamos o trem que saía por volta das
16h, o trem atrasou e chegamos a Águas Calientes 20h. Depois de chegar deixamos
as malas no Hostel e saímos para comer. Depois de comer voltamos e dormimos
cedo, dormimos com o plano de levantar bem cedo e tentar ver o nascer do sol em
Machu Pichuu, nós precisávamos levantar cedo porque optamos por subir até as
ruínas a pé, ao invés de pegar um ônibus. A subida a pé leva em torno de 1h.
Obs.:
Águas Calientes é uma cidade que fica no
pé da montanha que você sobe para ver as ruínas de Machu Pichuu.
6° Dia, 30/12/12: Acordamos
cedo (4h), tomamos café e saímos por volta das 5h. A subida é feita através de
uma trilha que corta o caminho do ônibus (que é no formato de uma serpente).
Demoramos 1h30min para fazer subida, o caminho é bonito, e bastante gente faz
esse caminho.
Chegando ao topo pegamos uma fila bem grande para entrar,
entramos e ficamos muito frustrados! Por causa da neblina não conseguíamos ver
nada, demos algumas voltas e voltamos para a entrada PUTOS DA CARA. Esperamos
um pouco e resolvemos voltar para ver, para nossa alegria o tempo abriu e
iniciamos a nossa visita as ruínas, tiramos muitas fotos e em cerca de 4 horas
conhecemos as ruínas inteiras e voltamos para a cidade (descida levou uns 40
min).
A
ideia de subir Machu Pichuu cedo para ver o nascer do sol, não é muito
aconselhável no verão. Nessa época é comum haver neblina pela manha.
Leve
água e algo para comer quando subir para as ruínas.
Nas
ruínas, existem rotas de visitação! Vá pela contra mão! Existem muitas pessoas
visitando as ruínas em grupos turísticos levadas por guias (muito caro um guia,
$ 20,00 soles por pessoa) e todos eles fazem o caminho descrito pelo mapa,
então se você seguir o mapa vai ir com o fluxo de grupos e vai pegar os locais
superlotados.
Se
você for dormir em Águas Calientes no dia que vai visitar Machu Pichuu (nosso
caso) acredito que o melhor seria visitar as ruínas de tarde, pois eu acho que
seria menos lotado que de manha. Vá depois do almoço que dá tempo suficiente
para visitar as ruínas.
Machu
Pichuu tem além das ruínas 2 montanhas. Umas eles chamam de Montanha Machu
Pichuu e a outra é o Huayna Picchu, essas duas são compradas a parte da entrada
para as ruínas. Acredito que elas propiciem um visual diferente das ruínas, se
você quiser subir elas então é bom comprar as entradas antes, porque assim como
as ruínas essas duas montanhas tem um numero máximo de pessoas que podem
visitar por dia.
7° Dia, 31/12/12:
Pegamos o trem de volta 08h30min até Ollantaytambo, lá deveria haver uma pessoa
da agência nos esperando para pegarmos a Van até Cusco. Não havia ninguém,
pagamos uma por conta própria e chegando a Cusco nos dirigimos para a agência
com o objetivo de pegar o dinheiro de volta. Não houve problemas a agência nos
reembolsou. . Após o almoço passamos no mercado
para comprar bebidas para a virada de ano. Compramos Vodca e Limão para fazer
uma Caipirinha. Descansamos e depois tomamos um banho no Hostel, por volta das
18h30min começamos a preparar a caipirinha e 19h30min estávamos na frente do nosso
antigo Hostel para fazer a festa com o pessoal que a gente conheceu antes.
Ficamos lá até 22h, para depois irmos para a Praça das Armas, que é onde toda a
galera passa o réveillon. Até as 22h o saldo foi de 3 Vodcas (caipirinha e
cuba) e mais um Rum (cuba), nos 3 tomamos no mínimo 70% desse álcool o resto foi
pra galera que estava junto. As 22h horas nos 3 já BEBADOS, junto com a galera
descemos para a praça! A praça é uma loucura, lotadassa! Gente de tudo que é
lugar do mundo tinha um palco com um show local. Fizemos a maior festa (nos
erámos os mais festeiros disparado), depois da virada na praça ainda teve uma
festa no Hostel.
8° Dia, 01/01/13:
Acordamos tarde (12h) Antes de ir para a rodoviária passamos no
primeiro nosso primeiro Hostel para nos despedirmos da galera, depois pegamos
um táxi e partimos para a rodoviária. Nosso ônibus saiu 21h30min com previsão
de chegada em Puno as 05h.
9° Dia, 02/01/13: Chegamos a Puno 05h30min, por indicação de uns amigos que conhecemos na viagem não perdemos tempo em Puno. Logo depois de chegar já compramos passagem para Copacabana (Bolívia). Saímos 07h30min de Puno, no caminho passamos a fronteira, fizemos os procedimentos de entrada e saída e continuamos a viagem para Copacabana. Chegamos a Copacabana 12h30min, primeira coisa que fizemos foi trocar dinheiro em um Banco (onde a cotação é melhor), depois compramos a passagem da barca para a Ilha do Sol. A barca saía 13h30min, antes de embarcarmos comemos e compramos comida, a viagem demora cerca de 2h até o lado norte da ilha (o valor foi de $ 25 bolivianos). Ao chegar ao lado norte da ilha, procuramos um lugar para dormir, depois jantamos e caminhamos um pouco pelas redondezas, o lado norte da ilha é muito bonito porém tem menos estrutura que o sul, é tão bonito que arrisco dizer que foi o lugar mais bonito que visitamos na viagem.
Obs: Em Puno existe um passeio que você pode
fazer, que é visitar às ilhas flutuantes. Um amigo fez e disse que é muito
legal.
Quem
estiver viajando com o RG, na passagem de Peru para a Bolívia, não se esqueça
de tirar uma cópia da saída do Peru para mostrar aos policiais Bolivianos na
entrada.
Ao
ir para a ilha do sol, como eu falei tem o lado sul e norte. Sul tem mais
estrutura, já o norte é bem precário. Mas o ideal é ir para o lado norte dormir
e no outro dia caminhar até o lado sul e pegar a barca para Copacabana, fazer o
contrário é mais difícil. Outra coisa, quando for para a ilha e não leve
mochila! Deixe as mochilas grandes em Copa (tem lugar para deixar) e leve
somente uma mochila de ataque, o caminho de um lado para o outro é de cerca de
3 horas com muitas montanhas no caminho a 4000 metros de altitude, é melhor
fazer com o mínimo de peso nas costas (rsrsrs).
10° Dia, 03/01/2013: Acordamos
bem cedo para ver o nascer do Sol, as nuvens não ajudaram muito, mas o visual
foi ALUCINANTE. Depois de apreciar a vista continuamos nossa caminhada para o
lado sul da ilha. Caminhamos devagar, fomos curtindo o visual e batendo muitas
fotos. Tem muitas vista bonitas, ruínas, montanhas nevados, etc. O visual é
realmente demais! Durante o caminho tem vários pedágios durante a ilha (feita
pelos nativos), tem que pagar para passar (absurdo). Alguns pedágios nós
conseguimos não pagar indo por outros caminhos, mas de alguns não teve como
escapar. Depois de 7 horas de caminhada (como eu falei caminhamos bem devagar para
curtir a vista e também estávamos com as mochilas pesadas) chegamos ao lado e
sul e almoçamos, assim como todos os pratos feitos da Bolívia, não vem muita
comida, pra quem come bem não vale muito a pena. Depois do almoço compramos a
passagem de volta para Copacabana, ao chegar à cidade compramos a passagem para
La Paz. Lanchamos e depois saímos para La Paz, no caminho tivemos que cruzar o
lago Titicaca de barca, a viagem não demora muito cerca de 3h. A chegada em La
Paz foi muito bonita, à noite as luzes da cidade proporcionam um grande visual.
Depois de chegar a rodoviária pegamos um táxi e fomos para o Hostel (Wild
Rover).
Obs:
Em La Paz os dois principais Hostels da cidade são o Wild Rover e o Loki. Os
dois são muito bons, tem festa toda noite e gente de toda a parte. Nós ficamos
nos dois.
11° Dia, 04/01/2013: Nesse
dia tínhamos que comprar os passeios que íamos fazer em La Paz, acordamos e
tomamos café, perto da hora do almoço partimos para o outro Hostel (Loki) e
demos entrada. Almoçamos e partimos para as agências de turismo para pesquisar o
preço dos passeios e também fomos procurar jaqueta impermeável para comprar.
Depois de algumas voltas conseguimos comprar jaquetas impermeáveis por $ 200,00
bolivianos e fechamos os passeios por $ 270,00 e $ 60,00 bolivianos, fechamos o
Downhill e Chacaltaya,
respectivamente. Recomendo muito esses dois passeios, é bom procurar bem pelas
agencias para conseguir um preço melhor, e como avisei antes, pechinche
bastante e quanto mais gente tiver para fechar o negócio melhor! Depois de
fechados os passeios conhecemos a Praça Murillo (onde fica o palácio do
governo). Voltamos para o Hostel tomamos um banho e partimos para a festa no
bar.
12° Dia, 05/01/2013: 12° Dia, 05/01/2013: Acordamos cedo
para fazermos o primeiro passeio em La Paz, havia sido combinado com o pessoal
da agência que eles iriam passar no Hostel para nos buscar. Saímos 08h00, a
principio o ônibus leva o pessoal até +- 5200 metros e o resto da subida são
feitos a pé (até +- 5500 metros). No começo da subida começou a nevar (primeiro
vez que vimos neve), a paisagem que geralmente é marrom começou a se torna toda
branca. Devido a neve o ônibus não conseguiu subir até a altitude normal
(chegou até 4800 metros) então o restante da caminhada teria que ser feita a pé
mesmo. A neve fez com que o caminho ficasse escorregadio e perigoso (a estrada
fica a beira de um precipício, foi bem emocionante o caminho com o ônibus).
Quando o ônibus parou descemos e a guia avisou que teríamos cerca de 1h para
subir ao cume e descer. A altitude é implacável, não tem como subir rápido,
subimos devagar, fomos aproveitando o visual e batemos várias. Não conseguimos
ir ao cume, mas valeu muito a pena o passeio até o Chacaltaya, o visual é
demais e ver a neve pela primeira vez foi muito legal também, no fim chegamos a
uns 5200 metros.
Na descida para nossa surpresa a neve começou a derreter, mudando totalmente o visual (que começou a ficar marrom). Depois do Chacaltaya, tem outro passeio para fazer, visitamos o Vale de La Luna! Eu não fui (Lucas), você pode escolher em não ir se quiser, mas meus companheiros foram. Pelas fotos e pelo que eles me contaram, o visual é muito loco! O vale é todo erodido pela ação do vento, chuva, frio etc. Essa erosão moldou o vale com uns formatos bem loucos. O passeio completo levou até às 15h30min, depois de voltar para o Hostel nos almoçamos e de noite teve mais uma festa.
Na descida para nossa surpresa a neve começou a derreter, mudando totalmente o visual (que começou a ficar marrom). Depois do Chacaltaya, tem outro passeio para fazer, visitamos o Vale de La Luna! Eu não fui (Lucas), você pode escolher em não ir se quiser, mas meus companheiros foram. Pelas fotos e pelo que eles me contaram, o visual é muito loco! O vale é todo erodido pela ação do vento, chuva, frio etc. Essa erosão moldou o vale com uns formatos bem loucos. O passeio completo levou até às 15h30min, depois de voltar para o Hostel nos almoçamos e de noite teve mais uma festa.
13° Dia, 06/01/2013:
Levantamos 06h00min, combinamos com a agência de ir até um Hostel próximo ao
nosso para depois irmos fazer o Downhill. Chegamos ao Hostel e tomamos café
(está incluso no passeio), depois colocamos o equipamento e tomamos uma Van
para irmos até o começo da descida. Chegando ao inicio (4700 metros de
altitude) da descida foram passadas instruções antes de começar. Depois das
instruções é pura EMOÇÃO, a primeira parte da descida é em asfalto depois é
estrada de chão (estrada da morte). No total você desce uns 3700 metros, a
descida é animal!
Os guias no caminho tiram fotos e no final da descida é oferecido um almoço (buffet livre). Depois de descer voltamos para La Paz, ganhamos uma camiseta da agência e também um CD com as fotos da descida. Recomendo muito que todos que forem a La Paz façam esse passeio. Chegamos por volta das 20h00 no Hostel, na volta tivemos um imprevisto, pois o pneu da nossa Van furou, o pneu foi trocado e seguimos viagem, na volta estávamos todos muito cansados. Descansamos, comemos e no final da noite festa no Hostel.
Os guias no caminho tiram fotos e no final da descida é oferecido um almoço (buffet livre). Depois de descer voltamos para La Paz, ganhamos uma camiseta da agência e também um CD com as fotos da descida. Recomendo muito que todos que forem a La Paz façam esse passeio. Chegamos por volta das 20h00 no Hostel, na volta tivemos um imprevisto, pois o pneu da nossa Van furou, o pneu foi trocado e seguimos viagem, na volta estávamos todos muito cansados. Descansamos, comemos e no final da noite festa no Hostel.
14° Dia, 07/01/2013:
Nosso ultimo dia em La Paz! Ficamos praticamente o dia todo no Hostel, saímos
somente para almoçar e comprar as passagens para Uyuni. Compramos as passagens
por $ 100,00 bolivianos cada, a viagem até o Uyuni demora umas 10h.
15° Dia, 08/01/2013:
Chegamos a Uyuni bem cedo, logo que chegamos procuramos um lugar para tomar
café. No café conhecemos mais um pessoal que juntamos para mais tarde
procurarmos uma agência todos juntos e fecharmos o passeio pelo deserto de sal.
Conseguimos fechar o passeio por $ 670,00 bolivianos (agência Latitude), o fato
de estarmos em grande numero facilitou no desconto do preço (o normal era $
850,00), no pacote está incluso comida, abrigo e é claro locomoção pelo deserto
por 3 dias. Fechamos o passeio umas 08h00h para sairmos por volta de 11h. As
mochilas grandes, tivemos que deixar na agência, cada um podia levar somente
uma mochila menor, depois de deixarmos começamos o passeio. A primeira parada
foi em um cemitério de trens, depois começa o Salar. O Salar é muito bonito, se
você der sorte, encontrara o Salar com uma camada de água, o que possibilita
que sejam tiradas umas fotos sensacionais (não foi nosso caso). Depois
visitamos o Museu de Sal (feito com blocos de sal), depois do museu seguimos
até a Ilha do Pescado onde almoçamos, o lugar tem uns Cactos gigantes. Depois
do almoço continuamos nossa viagem pelo salar o resto da tarde até chegarmos ao
Hotel de Sal, onde nos iriamos dormir. O Hotel é feito de sal, energia elétrica
lá somente durante 3 horas (das 5 até as 7 da noite), jantamos e nesse dia não
conseguimos tomar banho pois tinha pouca água disponível.
Obs:
Leve óculos escuros para o deserto! Sem eles você vai ficar com os olhos
ardendo por causa do brilho do sal.
As
refeições que nos fizemos durante o passeio, foram todas feitas pelo nosso
motorista. Eles levam toda a comida dentro do carro, às refeições foram bem
boas.
16° Dia, 09/01/2013:
Acordamos bem cedo e tomamos café, logo depois do café saímos para continuarmos
o passeio. No segundo dia você já não está mais no Salar (e nem vai voltar),
durante a manhã visitamos algumas lagoas, montanhas, formações rochosas etc. O
visual é muito louco, parece que você está em outro planeta. Almoçamos na beira
de outra lagoa e seguimos viagem para mais uma formação rochosa diferente
(Arbol de Piedra), lá encontramos um grupo de brasileiros assustados, pois o
motorista do carro deles estava bêbado e perdeu o controle do carro algumas
vezes. Tentamos ajudar pedindo para que o motorista deixa-se um dos passageiros
dirigir e seguir a gente até o próximo Hotel. O pessoal do outro carro nos seguiu
e depois continuamos nossa viagem. Antes de irmos para o Hotel visitamos a
Laguna Colorado, uma lagoa de cor rosa. Depois seguimos para o hotel, o esquema
era o mesmo, 3 horas de energia, mas dessa vez tinha água para o banho. O banho
era contado, tínhamos exatos 8 minutos para tomar, tinha um Boliviano que
ficava contando o tempo, passado 8 minutos ele desligava a água. Jantamos e
fomos dormir, a noite foi bem fria, pois nevou a noite toda.
Obs:
O caso do motorista bêbado não é incomum, por isso fique atento com o seu
motorista durante a viagem.
17° Dia, 10/01/2013:
Acordamos bem cedo, antes mesmo de tomarmos café partimos para visitar os
gêiseres. Estava muito frio e a neve cobria toda a paisagem, chegamos aos
gêiseres e ficamos lá um tempo para depois voltarmos para o Hotel para tomar
café. Depois do café partimos, visitamos mais umas formações rochosas pelo
deserto antes do almoço. Almoçamos no meio do nada, o lugar era muito bonito,
tinha montanhas nevadas ao fundo, chuva numa outra parte e córregos formados
pelo degelo da neve, muito bonito mesmo. Depois de almoçar seguimos de volta
para a cidade de Uyuni, levamos umas, 3h para chegar a cidade. Logo que
chegamos compramos passagens para Potosí, aguardamos o horário de saída e
seguimos. A viagem até Potosí levou umas 4h, chegamos lá por volta de 23h30min,
foi difícil achar um Hostel esse horário, mas conseguimos.
Obs:
O passeio normal de 3 dias do Uyuni, tem no terceiro dia mais dois pontos para
se visitar, Laguna Verde e Laguna Blanca. Mas por causa de um problema com
habitantes locais, a visita a essas duas lagunas não estava sendo feita.
Depois
do deserto o nosso plano era seguir para o Atacama, mas por esse problema com
os povos locais e também por pouco dinheiro não teve como ir.
18° Dia, 11/01/2013:
Logo pela manha saímos para conhecer a cidade, além disso, precisávamos comprar
o passeio pelas Minas de Potosí. Compramos o passeio na agência Amigos de
Bolívia, por indicação de um amigo que conhecemos na viagem e não nos
arrependemos. Almoçamos em um restaurante chamado Mirador, o restaurante
oferece um visual de 360° além de girar em determinados horários, o que permite
que você almoce e também veja toda a cidade. Potosí é uma cidade bem legal,
várias coisas para visitar no centro da cidade como a casa da moeda, estádio de
futebol, teatro etc. Trocamos de Hostel neste dia, fomos para o Koala Den,
recomendo este Hostel (melhor café da manhã que tomei durante a viagem).
19° Dia, 12/01/2013:
Fomos até a agência para pegarmos o ônibus até as minas, a agência oferece todo
o material necessário para a visitação, no caminho até as minas temos que
comprar folhas de coca, sucos e chás para oferecer aos mineiros (mina está em
funcionamento). Ao chegar às minas o guia começa a dar as explicações sobre os
procedimentos de segurança do passeio, além de explicar sobre a historia do
lugar. O passeio não tem lugares bonitos para se visitar, porém vale a pena
pela experiência diferente que ele proporciona. No passeio vimos mineiros
trabalhando, o guia passa muitas informações sobre a vida dos mineiros,
historia da cidade e também na mina Cerro Potosí, o ambiente é bem apertado,
quem é alto não vai se dar muito bem mas vale a pena fazer o passeio. Depois de
voltar das minas almoçamos e ficamos no Hostel descansando. À noite saímos para
tomar uma cerveja e depois fomos dormir.
20° Dia, 13/01/2013:
Não fizemos nada demais, passamos o dia todo no Hostel. Eu fui o único que sai
para comprar as passagens de ônibus até Cochabamba. Saímos à noite com previsão
de chagada no outro dia de manhã.
Obs:
Tem outro passeio que se pode fazer em Potosí, que é visitar o Ojo del Inca,
que é uma lagoa de águas termais. Mas estava chovendo e, além disso, um dos
meus amigos (Vitor) não estava passando muito bem.
21° Dia, 14/01/2013:
Passamos o dia todo quase viajando. Chegamos a Cochabamba de manha cedo e já
compramos nossas passagens para Santa Cruz de La Sierra. Existia a opção de
passar o dia em Cochabamba e pegar o ônibus à noite, porém não achamos nada de
muito atrativo na cidade e então decidimos partir direto. Chegamos a Santa Cruz a noite e dormimos em
um Hotel do lado da Rodoviária. O destaque do dia foi a mudança na paisagem,
pois saímos da altitude (clima árido) e agora estávamos em um clima tropical e
muito mais quente.
22° Dia, 15/01/2013:
Bem cedo fomos à rodoviária de Santa Cruz para comprar as passagens de trem
(Trem da Morte), o trem saí da rodoviária também. Passamos o dia viajando
também. Se você puder evitar ir de trem é melhor, a viajem são de 17 horas,
partimos de manha de Santa Cruz e só chegamos no outro dia em Puerto Quijarro.
A única vantagem de pegar o trem é que você economiza um pouco de dinheiro
(passagem custou $ 115,00 bolivianos) fora isso não vejo vantagem em se pegar o
trem, valeria mais a pena passar o dia em Santa Cruz e pegar um ônibus à noite
para a fronteira.
23° Dia, 16/01/2013:
Chegamos bem cedo e Puerto Quijarro, tomamos um café e decidimos cruzar a
fronteira para o Brasil. A fronteira abre 08h00, chegamos lá mais ou menos esse
horário e tinha uma fila enorme. Esperamos em uma lanchonete até a fila
diminuir para depois darmos a saída da Bolívia. Na entrada do Brasil tinha uma
fila enorme, pois o sistema da Polícia Federal estava fora do ar, para nossa
sorte, brasileiros não precisam ter sua entrada no Brasil registrada no sistema
(somente estrangeiros), então não demorou muito e passamos, agora estávamos no
Brasil finalmente, a saudade era grande, na cidade de Corumbá. Pegamos um táxi
para o aeroporto com a intenção de trocar nossa passagem do dia 17 para o dia 16,
o valor estava muito alto então teríamos que passar a noite em Corumbá. Era
horário do almoço e “NECESSITÁVAMOS” de comer feijão, nos indicaram um “PF” bem
na frente do aeroporto, foi o melhor almoço desde que saímos de casa. Comida
típica brasileira (arroz, feijão e bife) além de que o prato vinha muita comida
por apenas R$ 7,00. Depois procuramos um Hotel pela cidade, conseguimos um por
R$ 120,00 quarto triplo. Passeamos um pouco pela cidade e depois ficamos no
Hotel, era uma quarta feira e não tinha balada na cidade.
Obs:
Existe um passeio em Corumbá, onde você pega um barco e conhece o Pantanal (de
acordo com o que nos falaram). Mas não tínhamos grana e nem tempo para fazer os
passeios.
24° Dia, 17/01/2013:
Ultimo dia da viagem, apesar de ter sido uma viagem maravilhosa, não víamos a
hora de chegar em casa. Nosso voo saía 14h10min, mas só chegaríamos a Floripa
de madrugada (voo barato, mas cheio de conexão). O almoço no PF foi tão bom que
almoçamos lá de novo, depois de almoçar fomos para o aeroporto e partimos de
volta para casa. O resto do dia foi viajando a maioria dos trechos bem rápidos,
porém foram vários (5 decolagens e aterrissagens). Destaque para o primeiro
pouso onde a turbulência foi um pouco mais forte do que estávamos acostumados,
fora isso tudo certo. Chegamos em Floripa quase 1h da manhã.
A
viagem foi muito boa, vários amigos feitos, experiências novas, lugares
maravilhosos, culturas totalmente diferentes e muitos mais. No final desta já
estamos programando a próxima, pois já tinham me falado e depois da viagem eu
pude constatar que você não gasta dinheiro em uma viagem na verdade você
investe seu dinheiro em uma viagem, pois toda a experiência que você adquire
vale por cada centavo “investido”.
Parabéns gurizada, fugiram dos pacotes prontos mas souberam planejar e curtir ao máximo com pouco dinheiro mas inteligencia e boas escolhas de sobra!
ResponderExcluirShow de bola, fizeram o que a mais de 35 anos me planejo para fazer, o segredo tá aí mesmo, ir, e agora com o relato de vc´s sem perrengues, parabéns.
ResponderExcluir1º vcs sao uns feios
ResponderExcluir2º muito massa isso q vc fez manolo, muito show essa trip ai : ) e tomara q possam ter muitas outras ainda : ) abraço
Poderia informar qual o custo da viagem por pessoa ?
ResponderExcluirResposta do Lucas : Olá, com passagens incluídas tendo como ponto de partida Floripa R$ 3.100,(alimentação, hospedagem, passeios, trem e qualquer outros transporte, além de roupasque tivemos que comprar).
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