quinta-feira, 1 de março de 2012

Naufragados : uma trilha pra iniciar as crianças














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Já no início a  Jade parecia uma princesinha empolgada, tomando cuidado pra não sujar as mãos, expliquei que não tinha problema nenhum que agarrasse com vontade nos troncos, pedras para que pudesse se equilibrar naquela pedregosa inicial. O  Gabriel tinha ares de um desbravador de florestas virgens ,  a animação era alta mas sabíamos que isso podia acabar depois da primeira meia hora.
Tive uma das mais  mais agradáveis  surpresas da minha vida após a primeira  hora ao perceber que cada vez mais os olhos deles se enchiam de alegria, encantados e cheios de perguntas sobre o que viam e obstáculos que transpunham , vi duas criaturinhas urbanas criadas em apto,  rapidamente se transformarem em dois guerreiros incansáveis e decididos a impressionar os pais malucos por montanhas  . Foi emocionante e gratificante perceber que eles já estavam prontos , ao contrário do que eu esperava,  e até me recriminei por subestimá-los e ter esperado um comportamento mimado ou pouco resistente. Que nada, tudo até as resvaladas e passos iniciais meio trôpegos em meio as pedras causava mais empenho em não nos decepcionar. Logo me transformei na mãe mais orgulhosa e deixei que a experiência fluísse, que eles se sujassem, caíssem, fizessem suas tentativas de travessia de  um pequeno riacho por entre as pedras, sempre por perto lógico garantindo a segurança deles.
Eles venceram 2 horas de trilha até a praia num ritmo muito bom, sem pedir pra sentar ou lanche ou reclamar, apenas água de vez em quando e uma ou duas pausa pra fotinhos de suas façanhas em meio a mata. Houve até um período de chuva fina, mas chegando  na praia  o tempo abriu.
Podiamos ter comido um peixe frito ali mesmo mas decidimos aproveitar o gás e  voltar pra comer só no bar do Arantes na Armação. Novamente meus pequenos guerreiros botaram pé na trilha sem reclamar e após mais quase  2 horas estávamos no carro rumo a felicidade da comidinha maravilhosa que nos aguardava, claro que dormiram em 5 minutos amontoados no banco de trás ,  exaustos, mas ao chegar na praia pra almoçar já estavam super dispostos de novo e ao sentir cheiro de comida  atacaram  o buffet do Arantes  como dois aborígenes famintos. No retorno pra casa se sentiam vitoriosos,  agora eles eram iguais aos seus pais, espero em breve leva-los pra uma com pernoite na mata ou praia...



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